Locus Amoenus

Cazuza - Dia dos Namorados

Todo dia em qualquer lugar eu te encontro
Mesmo sem estar
O amor da gente é pra reparar

Os recados que quem ama dá
Hoje é o Dia dos Namorados
Dos perdidos
E dos achados

Se o planeta só quer rodar
Nesse eixo que a gente está
O amor da gente é pra se guardar
Com cuidado pra ele não quebrar
Hoje é o Dia dos Namorados

Todo mundo planeja amar
Banho quente ou tempestade no ar
O amor da gente é pra temperar

As coisas que a natureza dá
Diz que a era é pra sonhar
Que na terra é só simplificar
O amor da gente é pra continuar
E a nossa força não vai parar

O amor da gente é pra continuar
E a nossa fonte não vai secar
Porque o amor da gente vai continuar

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Esta letra foi retirada do site Letras.mus.br

"SABER VER É SENTIR O QUE SE OLHA."

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 Carregando uma bandeira, ou estandarte, enfeitada com fitas e santinhos a Folia de Reis durante 12 dias (de 24 de dezembro até 6 de janeiro) arrecadam donativos para a Festa dos Reis Magos.
Os foliões cumprem promessa por 7 anos consecutivos saindo com a Folia de Reis. Peregrinam pela noite adentro, cantando e dançando à porta das casas em troca de refeições e contribuições para a Festa dos Reis Magos. Vestem trajes coloridos, usam máscaras e levam sanfona, cavaquinho, violão, pandeiro (entre outros instrumentos) e seguem entoando versos que anunciam o nascimento do Menino Jesus e homenageiam os Reis Magos.

Eis aqui alguns versos entoados pelas Folias de Reis e embora haja bastante variação de região para região, o conteúdo é sempre o mesmo:

Ó de casa, ó de casa                                               
Alegra esse moradô
Que o glorioso Santo Reis
Na sua porta chegô
...
Santo Reis e Nossa Senhora
Foi passeá em Belém
São José pediu esmola
Santo Reis pede também
...
Santo Reis pede esmola
Não é ouro nem dinheiro                            
Ele pede um agitoru
Um alimento pros festero
...
Sôr dono da casa
Muito Alegre deve está
Do glorioso Santo Reis
Hoje vei lhe avisitá
...
Concluimo este canto
Fazeno o sina da cruz
Pade, Fio, Espírito Santo
Para sempre, amém Jesus
...
Santos Reis vai despedindo
Deixando muita saudade
Vai deixando muita benção
Pro povo desta cidade.

Foto de: Arinos Marcelo Feijó

Eram três reis, cada um vindo de um reino diferente, caminhando na direção de uma estrela que só eles viam. Gaspar navegara do norte... Balt-hazar viera do sul em seu cavalo e Mélek-hor viera do oeste, em seu camelo. E depois de muito viajar chegaram a uma encruzilhada. Nela se cruzavam os quatro caminhos do mundo: o do norte, o do sul, o do oeste e um quarto caminho... Olhando na direção do quarto caminho podia-se ver, no horizonte, uma estrela brilhante... Foi ali que os três descobriram que haviam sofrido a mesma nostalgia. Todos haviam visto a estrela que ninguém mais vira. Todos haviam ouvido uma estranha melodia que os chamava... E resolveram que dali para a frente viajariam juntos.
E assim foi. Por vários dias caminharam... e noite já escura chegaram a um minúsculo vilarejo: Beth-léhem; que fica precisamente na divisa entre dois grandes reinos. À esquerda está o Reino da Fantasia.  E à direita está o Reino da Realidade. Aqueles que vivem no Reino da Fantasia ficam loucos. E aqueles que vivem no Reino da Realidade também, porém loucos de outra espécie: eles perdem a capacidade de sentir a beleza... Somente se salvam da loucura aqueles que vivem em Beth-léhem.
Todos dormiam. O ar estava perfumado com flores de jasmim e magnólia. Era uma noite de paz. A estrela iluminava uma gruta. Era uma estrebaria. convivendo com os animais havia uma pequena família: um jovem e uma jovem que amamentava um nenezinho recém-nascido. Perceberam, então, que não era a estrela que iluminava a cena. Era o nenezinho que iluminava a estrela e puderam ver nela, refletido como num espelho, o rosto da criancinha. Aí compreenderam o grande segredo: “O universo é um berço onde uma criança dorme!”
Os reis olharam cada um para o outro e disseram: “Nossa busca chegou ao fim. Encontramos a alegria. Para se ter alegria é preciso voltar a ser criança... Tomaram suas coroas, capas de veludo, dinheiro, ouro, jóias – pesadas coisas de adulto – e as depuseram no chão e partiram leves, ora andando, ora pulando, ora voando, mas sempre rindo. Gaspar transformou-se em poeta. Balt-hazar virou palhaço, pois compreendeu que o riso é também uma forma de oração. E Mélek-hor resolveu fabricar brinquedos uma vez que descobriu o prazer supremo de brincar. Quem brinca volta a ser criança. E quem volta a ser criança está de volta ao Paraiso.


Rubem Alves
do livro Os Três Reis
(trechos da versão condensada publicada pela Revista Bons Fluídos, ed. 104, dez/2007)
FELIZ NATAL E UM ALEGRE ANO NOVO!!!
SEJAMOS TODOS BEMVINDOS AO PARAISO.

Joan Brossa, poeta frugal,
que só come tomate e pão,
que sobre papel de estiva
compõe versos a carvão,
nas feiras de Barcelona,
Joan Brossa, poeta buscão,
as sete caras do dado,
as cinco patas do cão
antes buscava, Joan Brossa,
místico da aberração,
buscava encontrar nas feiras
sua poética sem-razão.
Mas porém como buscava
onde é o sol mais temporão,
pelo Clot. Hospitalet,
onde as vidas de artesão,
por bairros onde as semanas
sobram da vara do pão
e o horário é mais comprido
que fio de tecelão,
acabou vendo, Joan Brossa,
que os verbos do catalão
tinham coisas por detrás
eram só palavras, não.
Agora os olhos, Joan Brossa,
(sua trocada instalação),
voltou às coisas espessas
que a gravidez pesa ao chão
e escreveu um Dragãozinho
denso, de copa e fogão,
que combate as mercearias
com ênfase de dragão.
                                                 João Cabral de Melo Neto

...expressão usada pelos pintores japoneses no momento em que dão a última pincelada em uma obra de arte:
"É A AFIRMAÇÃO DE QUE O TRABALHO CHEGOU À PERFEIÇÃO."

... - E QUANDO TE HOUVERES CONSOLADO (a gente sempre se consola), TU TE SENTIRÁS CONTENTE POR ME TERES CONHECIDO. TU SERÁS SEMPRE MEU AMIGO. TERÁS VONTADE DE RIR COMIGO. E ABRIRÁS ÀS VEZES A JANELA À TOA, POR GOSTO... E TEUS AMIGOS FICARÃO ESPANTADOS DE OUVIR-TE RIR OLHANDO O CÉU. TU TE EXPLICARÁS ENTÃO: "SIM, AS ESTRELAS, ELAS SEMPRE ME FAZEM RIR!" E ELES TE JULGARÃO MALUCO. SERÁ UMA PEÇA QUE TE PREGO...
E RIU DE NOVO.
... ... ...
- TU COMPREENDES. É LONGE DEMAIS. EU NÃO POSSO CARREGAR ESTE CORPO. É MUITO PESADO. MAS SERÁ COMO UMA VELHA CASCA ABANDONADA. UMA CASCA DE ÁRVORE NÃO É TRISTE...
(trecho extraído do livro O PEQUENO PRÍNCIPE, capítulo XXVI, diálogo entre o aviador e o principezinho momentos antes de sua partida)

Hoje, nos despedimos de PAVAROTTI nosso maior ídolo e é assim que prefiro encarar sua partida: feliz por tê-lo conhecido. E como "as pessoas têm estrelas que não são as mesmas", segundo as palavras do principezinho, as minhas estrelas, além de rir, cantam. E como cantam. Cantam como ninguém jamais cantou...
Não é extraordinário?!!!

Dumas Seixas, artista plástico radicado em São Bernardo, grande São Paulo, traz em sua produção artística as influências da vida no comércio de sua terra natal, Belém do Pará. Os signos da feira do Ver-O-Peso, povoam sua obra: são peixes, anzóis, velas, o rio, os urubus, a chuva, as cores, o grafismo, os papéis do comércio, a madeira do bacalhau, garrafas e muitas outras imagens presentes até hoje neste universo. 
Vale a pena conhecer o trabalho do Dumas, aqui trazemos apenas uma pequena mostra.

Ser mãe é dar a vida e à vida dar-se.

(de sua filha)

"QUALQUER COISA PODE SER DITA A QUALQUER MOMENTO PARA QUALQUER UM, DEPENDE DO JEITO."
                                                                          J. A. Gaiarsa
Tenho me condenado repetidas vezes ao banco dos réus por não ter controle emocional para dizer o que acredito ser necessário. Ontem, mais uma vez, meti os pés pelas mãos, quando o que eu queria era apenas mostrar para as pessoas o quanto é penoso prá mim encarar a situação à qual estavam me submetendo. Todos já têm conhecimento desta minha dificuldade, porém não levam a sério; por repetidas vezes já nos desentendemos por causa do mesmo problema, porém sei que nunca consegui ser clara o suficiente para que as pessoas possam entender que não se trata apenas de uma chatice, mas de um problema muito maior, cuja explicação clara e objetiva envolve expor questões tão íntimas...como complexos por exemplo... que na maioria das vezes gostaríamos de esconder até de nós mesmos.
Espero sinceramente poder um dia compreender e ser melhor compreendida, pois tenho me esforçado muito para isso. Por enquanto, peço que me perdoem pela falta de jeito.

"SEJA COMO OS PÁSSAROS QUE, AO POUSAREM UM INSTANTE SOBRE OS RAMOS MUITO LEVES, SENTEM OS MESMOS CEDER, MAS CANTAM! ELES SABEM QUE POSSUEM ASAS." (Victor Hugo)